segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Desafio Literário - Outubro
"Entre 1939 e 1943, Liesel Meminger encontrou a Morte três vezes. E saiu suficientemente viva das três ocasiões para que a própria, de tão impressionada, decidisse nos contar sua história, em "A Menina que Roubava Livros", livro há mais de um ano na lista dos mais vendidos do "The New York Times".
Desde o início da vida de Liesel na rua Himmel, numa área pobre de Molching, cidade desenxabida próxima a Munique, ela precisou achar formas de se convencer do sentido da sua existência. Horas depois de ver seu irmão morrer no colo da mãe, a menina foi largada para sempre aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann, um pintor desempregado e uma dona de casa rabugenta. Ao entrar na nova casa, trazia escondido na mala um livro, "O Manual do Coveiro". Num momento de distração, o rapaz que enterrara seu irmão o deixara cair na neve. Foi o primeiro de vários livros que Liesel roubaria ao longo dos quatro anos seguintes.
E foram estes livros que nortearam a vida de Liesel naquele tempo, quando a Alemanha era transformada diariamente pela guerra, dando trabalho dobrado à Morte. O gosto de rouba-los deu à menina uma alcunha e uma ocupação; a sede de conhecimento deu-lhe um propósito. E as palavras que Liesel encontrou em suas páginas e destacou delas seriam mais tarde aplicadas ao contexto a sua própria vida, sempre com a assistência de Hans, acordeonista amador e amável, e Max Vanderburg, o judeu do porão, o amigo quase invisível de quem ela prometera jamais falar.
Há outros personagens fundamentais na história de Liesel, como Rudy Steiner, seu melhor amigo e o namorado que ela nunca teve, ou a mulher do prefeito, sua melhor amiga que ela demorou a perceber como tal. Mas só quem está ao seu lado sempre e testemunha a dor e a poesia da época em que Liesel Meminger teve sua vida salva diariamente pelas palavras, é a nossa narradora. Um dia todos irão conhece-la. Mas ter a sua história contada por ela é para poucos. Tem que valer a pena."
A resenha como sempre vêm atrasada, mas acho que a intenção conta, né?
Enfim, fiquei meses querendo ler esse livro, achando que ele seria o meu novo vício desde Harry Potter (que não sosseguei até terminar). Mas foi uma história mais a ser digerida do qualquer coisa. Li aos pedaços, sempre dando um intervalo entre os capítulo. Me senti tocada pela história, por um artificio que o autor utilizou de forma magistral, que foi de detalhar os sentimentos da personagem ao máximo.
Me senti no lugar dela em várias vezes, e a Morte que sempre me inspirou algum receio apareceu com novos olhos para mim. Assim como no "Intermitências da morte" do Saramago, me senti tao próxima quanto aos sentimentos dela que me apeguei.
Uma história que vai levar vc a pensar muito no seu cotidiano e no modo como sua vida pode ser melhorada com seu próprio esforço e trabalho.
Este livro teve como maior mérito na minha opinião ter deixado uma sensação de inquietude que ainda não foi satisfeita.
Nota: 10,0
Beijinhos e volto ainda essa semana para falar do meu livro de Novembro.
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