No divã

Quando comecei o blog, escrevi muitas coisas que viviam comigo e fui perdendo o hábito. Comecei a me ater aquilo que me propus que era falar de moda musica e agora dos livros.
Mas, o natal passou e junto com aquela pequena ressaca, me bateu uma vontade idiota de falar de mim. Não se engane, não estou bebada (continua com acento ou não? maldita reforma ortográfica!).
Há um mês me mandaram para a terapia. É, eu sei. É bom se conhecer, blábláwisckassachet, mas sinceramente não vai dar certo.
Minha vidinha anda chata, repetindo isso CHATA!!!!!!!!!!!! Nada acontece. Não me apaixono, vivo apegada a carinhas que escolheram outras ao invés de mim e marcando passo na faculdade.
Não vou negar que me diverti. Abri meus olhos para aqueles que viviam em torno de mim e diziam que eu era importante e que após uma volta me esqueceram. Assim, facil. Podem me considerar uma simples foto apagada em um orkut, mas hoje vejo que mereço mais.
Mais do que ser apenas ignorada por tudo e por todos.
Descobri que sou inteligente o suficiente para seguir, sair e ver a vida. Mas a solidão e o medo continuam comigo. Odeio saber que não vou ser mais chamada para nada ou ter alguém para ligar quando preciso. Saber que em 90% das vezes que tentei me mostrar fui empurrada para o limbo, presa e sem chance de mostrar que não sou fruto de um sistema de cotas e sem perspectiva de subir e melhorar (isso não pelo governo, pelos próprios alunos, aqueles que deviam estar ali para melhorar a si mesmos através de novas esperiencias).
Não sou um peso em trabalhos para ser carregada. Descobri que sozinha posso me segurar apenas em mim mesma para me superar, e não esperar que venham sempre me salvar ou escolher o caminho mais fácil que é desistir.

Ufa! Precisava escrever isso para me aliviar. Desculpe Dra Adriana mas me conheço melhor que qualquer um e só vou me salvar e melhorar se eu realmente quiser. Só um detalhe: não sou suicida ou depressiva, só tenho esses pensamentos obscuros de vez em quando que precisam ser descarregados senão me puxam para trás e lá eu não quero ficar.

Aí chega o ano novo! Outro drama. Escrevo sobre ele assim que a dor de cabeça passar.
Beijos pessoas!